Samara Felippo deu um depoimento ao programa Encontro, da TV Globo, nesta segunda-feira (29), e falou sobre o ataque racista que sua filha mais velha sofreu na escola. Alícia, de 14 anos, sofreu ofensas e teve páginas do caderno arrancados por colegas da própria sala. A atriz aproveitou o espaço na televisão para revelar quais medidas tomou mediante a situação e também afirmou ser contra qualquer tipo de linchamento público.
“Como foi noticiado, a minha filha mais velha foi vítima de racismo na escola, e não é a primeira vez. Quando eu morava no Rio de Janeiro, isso já tinha acontecido”, afirmou. Samara Felippo contou ter se surpreendido com a repercussão do caso. “Queria deixar claro que eu sou contra qualquer tipo de cancelamento e linchamento. A notícia vazou dos grupos de WhatsApp em debate com os pais da escola e se espalhou rapidamente”, avaliou.
+ Benja desencanta no SBT e É Tudo Nosso! bate recorde depois de 7 semanas no ar
+ Aos 96 anos, Laura Cardoso lamenta consequências de envelhecer: “Odeio dar trabalho”
No desabafo, a artista detalhou o que aconteceu com a herdeira e pediu mudanças nas leis envolvendo racismo. “Na última segunda-feira (22), minha filha teve o caderno roubado e as páginas arrancadas violentamente. Tinha um trabalho extenso de pesquisa, que valia nota para ela. Dentro desse mesmo caderno, tinha uma frase de cunho racista, grave e criminosa”, declarou.
“Esse debate precisa ser levado adiante, com seriedade, com comprometimento. Para mim, uma educação antirracista é uma soma: a soma da instituição de ensino, dentro da nossa casa, os pais, e a sociedade em si. Desde pequena eu converso com a minha filha sobre o que é o racismo, o mal que ele causa na sociedade. Até para ela nomear, combater, se proteger. Então, converse com os seus filhos, leve esse debate para dentro de casa”, continuou.
Como punição, Samara Felippo pediu a expulsão das duas meninas que cometeram o possível crime e ainda abriu um boletim de ocorrência. “Eu quero que esses adolescentes, não só as duas, mas toda a escola, tirem uma lição para a vida toda. Que cresçam e se formem cidadãos antirracistas”, finalizou.
